Pensando bem, do que é feita a autoestima?
Esses dias estava assistindo o TEDx da Camila Coutinho (@camilacoutinho) e fiquei com vontade de abrir essa reflexão com vocês, então bora pensar juntas!
Muito se fala a respeito da importância da autoestima, que assim como o autocuidado e autoconhecimento, ela é peça fundamental para nosso bem estar, afinal, autoestima significa a capacidade de gostar de si mesmo. A Camila usa uma frase muito boa, que diz que a autoestima é “saber de si, para viver de e não para” e diz também que ela anda de mãos dadas com o autoconhecimento e com a autoconfiança, quando escutei isso cheguei a imaginar três amigas andando saltitantes, de mãos dadas, risos.
E o que a gente pensa quando conversa sobre gostar de si mesmo? Vem logo à cabeça nossa imagem pessoal, dá até para se imaginar naquelas salas brancas, bem iluminadas, em frente ao espelho, tentando se olhar com empatia, típica de programa de transformações que passam na televisão.
Acontece que a autoestima vai muito além do que a gente enxerga, embora a gente nem sempre lembre disso, a capacidade de gostar da gente não precisa e nem deve estar só ligada a nossa aparência não, mas parece que a gente aprende que as nossas qualidades estão quase sempre ligadas, primeiramente ao nosso corpo, e aí quando algo nele não está no nosso agrado, pronto, a autoestima cai lá pro nosso pé.
Precisamos começar a associar a autoestima com o que vai adiante disso, com as nossas qualidades não vistas, mas vividas, com os nossos valores, nossa essência. Afinal de contas, diferente do padrão de beleza que às vezes tentamos nos encaixar, esses outros itens não saem de moda e são atemporais, e, melhor ainda, dificilmente eles acordam num “bad day” e nos geram descontentamento.
Não estou pregando o desapego a imagem e dizendo que isso não tem importância, até por que estamos inseridas num sistema que essa desconsideração é praticamente impossível; mas estou propondo criarmos o hábito de conectar a autoestima as nossas qualidades não tão vulneráveis como a nossa imagem.
Quando conectamos nossa autoestima com nossas características e valores, aprendemos a nos admirar de uma maneira diferente, mais coesa, sabe, e consequentemente a variação da nossa autoestima fica mais suave.
Você pode não gostar do seu cabelo todo dia, ou das suas pernas, sei lá. Mas nesse mesmo dia você pode lembrar de se admirar pelas habilidades que você tem, e que eu aposto que você tem! Algumas das nossas qualidades passam batido porque aprendemos a reparar muito mais no externo, que no que somos por dentro.
E por falar em habilidade, desenvolver e fortalecer a autoestima também é uma habilidade que precisa ser construída e fortalecida diariamente. Sendo assim, te convido a desenvolver a sua autoestima baseada em mais “de” e menos “para”, em mais sou e menos estou. E como fazer isso? Se conhecendo, olhando para dentro de si com a mesma frequência e atenção que você se olha no espelho, aprecie suas características, reconheça suas habilidades, lembre-se que autoconhecimento é peça chave para uma boa autoestima e elas caminham saltitando de mãos dadas por aí juntinho com a confiança que também cresce junto nesse processo!

Nome: Victória Freitas
Profissão: Psicóloga
Registro: CRP 12/15919
Psicóloga clínica, daquelas que se encanta com plantas e trabalhos manuais.
Amante de café, sobremesas e todo processo de autoconhecimento.
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Nunca tinha pensado em autoestima por esse lado! Adorei a matéria.
Adorei a reflexão!! Com certeza irei compartilhar com os meus clientes 😉.