Coletores menstruais ganham espaço no mercado da saúde feminina: mudança de comportamento 

Em pesquisa realizada para a Febrasgo, em parceria com a Bayer, pelo Datafolha, mostrou que 55% das mulheres que menstruam todo mês, preferiam não passar por isso. Os principais motivos apontados são o incômodo e o desconforto sentidos durante o período. Atualmente, são 55 milhões de mulheres que menstruam no Brasil, é um número considerável e com muitos tabus a serem quebrados.

Os produtos reutilizáveis ​​estão se tornando mais populares?

Embora os absorventes internos sejam opções populares há anos no mercado, as usuárias do Instagram e do Facebook podem já ter notado mais anúncios de produtos reutilizáveis ​​aparecendo em seus feeds, sejam coletores menstruais, discos menstruais, até mesmo calcinhas menstruais e absorventes reutilizáveis.

As roupas íntimas à prova de água geralmente têm camadas de algodão e material à prova d'água, de modo que podem ser usadas no lugar de (ou com) outros produtos de época.

O número de pesquisas no Google por produtos reutilizáveis ​​aumentou nos últimos anos, sendo o copo menstrual o mais popular.

O mecanismo de pesquisa usa um número de 100 para representar o interesse em um termo de pesquisa. Em 2013, a pesquisa "copo menstrual" tinha uma pontuação de popularidade de 21, mas aumentou para 83 apenas cinco anos depois.

A maioria das pesquisas veio da Austrália, enquanto os Estados Unidos tiveram a maior quantidade de absorventes menstruais reutilizáveis.

Grandes varejistas como o Walmart nos Estados Unidos e a Boots no Reino Unido agora estocam copos menstruais, e algumas empresas relataram que as vendas têm crescido a taxas de dois dígitos nos últimos 10 anos.

O mesmo pode ser observado no Brasil, desde 2014, o termo “coletor menstrual” cresce anualmente, como mostra imagem abaixo apresentada pelo  Google Trends.

O que é feito para incentivar o uso de um produto de higiene feminina mais sustentável?

O tabu de falar sobre menstruação está mudando com as mulheres jovens, pelo menos nos Estados Unidos. Mulheres na Clarkson University, por exemplo, trabalharam com um fabricante de coletores para fornecer um programa público de distribuição de coletores para mais de 100 estudantes universitários. Isso nunca teria acontecido há décadas atrás. Muitos sites americanos relacionados à saúde, como WebMD e Healthline, fornecem informações relevantes e confiáveis ​​sobre o uso e cuidados adequados dos coletores menstruais, o que deve ajudar a reduzir as preocupações com seu uso e incentivar mais mulheres a experimentá-los.

No Brasil não é diferente, mesmo ainda com entraves e tabus a serem vencidos, o assunto menstruação cresce e passar a ser tratado com um pouco mais de naturalidade. Como? Através de conhecimento! Queremos transformar a forma com que toda a sociedade lida com a menstruação. Enxergamos
nela algo natural, parte do corpo feminino. Algo que pode ser muito mais leve no dia a dia de qualquer um, desde que sem medos e sem tabus. Para haver transformação, é necessário haver ensino. Precisamos reeducar a sociedade para entender que menstruação não é algo que as mulheres sofrem, mas apenas algo que passam. Para isso, é preciso trazer conteúdo, falar com naturalidade, abrir o diálogo e promover esclarecimentos.  Por isso que conhecimento é um dos pilares da Yuper, no blog, atualmente já são mais de 85 conteúdos sobre tudo que envolve a saúde feminina. Além da Yuper, o termo “coletor menstrual” já saiu em várias portais de notícias como UOL e Vogue.

O que está por trás da mudança?

O impacto da poluição do plástico no meio ambiente ganham manchetes anos após anos. Analistas disseram que a crescente preocupação com o meio ambiente é um dos fatores por trás do aumento do interesse em produtos de época reutilizáveis. E para além disso, há a vontade de criar uma nova relação com a menstruação, quebrar tabus e naturalizar algo que já é por si só, naturalmente feminino.